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  1. TELHADO VERDE: CUSTO E BENEFÍCIO

    terça-feira, 26 de julho de 2016

    Utilizados na Babilônia, no século VI a.C., e também na Escandinávia, os telhados verdes, como o próprio termo explicita, são coberturas em que há a alocação de vegetação. Os estudos, acerca da sua aplicação, iniciaram-se somente em 1950, na Alemanha. Anos mais tarde, após diversas pesquisas sobre quais materiais poderiam ser utilizados, sem que houvesse o comprometimento da estrutura em que estariam alocados o solo vegetal e a vegetação, cientistas propuseram a divulgação da técnica em todo o globo terrestre, não visando somente a elite e muito menos o embelezamento de determinado local, mas sim a Sustentabilidade. A partir daí embates como o da relação custo/benefício, afloraram. Além disso, fatores como o clima e a política adotada a respeito do tema meio ambiente, foram decisivos ante a aplicação das coberturas verdes.
    Citados por Eduardo Spohr em “A Batalha do Apocalipse”, e por tantos outros escritores que buscaram restaurar, através de suas obras, o período babilônico, os Jardins Suspensos da Babilônia, construídos no século VI a.C. a mando do rei Nabucodonosor, representavam, em seu conceito primordial, uma técnica de embelezamento que fora também utilizada no norte europeu.
    Séculos mais tarde, na Escandinávia, começou-se a fazer-se uso de lama na cobertura de edifícios, o que, com o passar do tempo, favoreceu a germinação de vegetação. Os escandinavos perceberam então que a cobertura verde, empregada ao acaso, favoreceu a perda de calor no verão e a retenção no inverno.
    A partir de 1950, na Alemanha, iniciaram-se os estudos acerca da relação custo/benefício para a implantação de coberturas verdes. Exemplos como o da Babilônia e da Escandinávia, tornaram-se base para o trabalho que almejava, em um futuro próximo, difundir a técnica em todo o globo terrestre. Em 1970, com a publicação das pesquisas que haviam iniciado há 20 anos, cientistas propuseram a arquitetos a difusão dos telhados verdes, não objetivando somente a elite, como fora feito pelo arquiteto Le Corbusier que, em 1920, utilizou o método de forma sistemática.
    Contudo, de acordo com Martins (2010), a implantação das coberturas verdes enfrentou empecilhos, como o clima e as políticas ambientais adotadas por cada país. Nos Estados Unidos, por exemplo, esta fora feita a partir de razões econômicas. Já na Noruega, os telhados verdes receberam olhares favoráveis da população e tornaram-se patrimônio nacional, explicitando assim a tênue linha entre os sentimentos noruegueses e a natureza.

    *Trechos retirados do artigo científico A RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO NA UTILIZAÇÃO DE TELHADOS VERDES QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA, redigido por Mateus Roso e Deise Flores Santos. Versão completa, disponível para leitura, em: https://issuu.com/mateusroso/docs/artigo_semana-academica_telhado-ver

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